sexta-feira, 8 de junho de 2007

Black Sabbath - Black Sabbath

  1. "Black Sabbath" - 6:21
  2. "The Wizard" - 4:24
  3. "Behind the Wall of Sleep" - 3:37
  4. "N.I.B." - 6:07
  5. "Evil Woman" - 3:35
  6. "Sleeping Village" - 3:46
  7. "Warning" - 10:32
  8. "Wicked World" - 4:43

O Black Sabbath é uma das maiores "bombas de efeito retardado" da história do rock. Desprezada pela crítica dos anos 70 e 80, apenas com o advento do grunge, no início dos 90, seu legado começou a ser valorizado (já que dez entre dez bandas de Seattle citavam a antiga formação inglesa como influência). Atualmente o som do Sabbath é inspiração fundamental, principalmente, para os grupos de stoner rock como o Queens Of The Stone Age. O que é certo é que hoje não se pode mais negar – como tantos anos injustamente foi feito – a excelência da fase inicial da banda, quando ela ainda contava com Ozzy Osbourne nos vocais.

O grupo surgiu em 1967, especializado em blues e com o nome de Pulka Tulk. Nesta época, a formação já era a clássica: além do citado Ozzy, havia Tony Iommi (guitarra), Terry "Geezer" Butler (baixo) e Bill Ward (bateria), todos os quatro filhos de proletários residentes na pequena cidade inglesa de Aston, próxima a Birmingham. Ainda como uma banda de blues o Pulka Tulk passou a se chamar Earth e com esse nome ela chegou a fazer algumas excursões pela Europa. Em 1969 eles descobriram que havia outra banda chamada Earth e mudaram de novo o nome, agora para Black Sabbath, em homenagem a um antigo filme estrelado por Boris Karloff.

Em janeiro de 1970 foi lançado, sem muito sucesso, o primeiro single da banda, “Evil Woman”, com “Wicked World” no lado B. Em 13 de fevereiro (uma sexta-feira, por sinal) saiu na Grã-Bretanha o álbum Black Sabbath. Gravado em apenas três dias (ou seja, praticamente ao vivo), o disco, em pouco tempo, chegou entre os dez LPs mais vendidos da parada britânica. O heavy metal nunca mais seria o mesmo...

A temática do álbum é sombria. A maldade feminina – assunto tão caro ao blues – é o tema fundamental de “Evil Woman” e aparece sutilmente em “The Warning” ,onde um sujeito abandonado pela companheira diz "Fui alertado sobre você/ Mas meus sentimentos eram um pouco fortes demais" (neste "fui alertado" está implícita a maldade – ou, pelo menos, o mau comportamento – da mulher cuja vida particular é motivo de fofocas). Próxima tanto do blues quanto de histórias de terror é a letra de “N.I.B.”, que descreve a conversa do Diabo tentando uma garota. Já “Black Sabbath” e “The Wizard” parecem mais influenciadas por filmes ou livros de horror ou de bruxaria do que qualquer outra coisa mesmo. E impressionantes são as duas letras que passam pelos temas sono e sonho: a aterrorizante “Behind The Wall Of Sleep” e a poética e repousante “Sleeping Village”.

Ozzy Osbourne é um vocalista marcante e original. As letras fazem um contraponto perfeito com o som da banda. Mas a verdade é que Tony Iommi é o maior responsável pela excelência estética do Black Sabbath. Seus riffs soturnos e lentos são simples profundamente marcantes. Com exceção da fraca “Evil Woman”, o álbum Black Sabbath às vezes parece uma longa, pesada e brilhante suíte. O melhor do disco são os 14 minutos da seqüência “Sleeping Village”/”The Wizard” (quem ouve o disco não consegue reparar quando termina uma faixa e inicia a outra). O que Tony Iommi faz na (longa) parte instrumental aqui é extraordinário, tal a variação de temas e de riffs hipnotizantes apresentados. Poucas vezes na história da música popular uma música tão longa foi tão boa.

Mas as demais faixas não ficam muito atrás. “Black Sabbath” tem um início lento e impressionante (sons de sinos) e um final pesado. “The Wizard” utiliza com grande maestria um instrumento muito utilizado no blues: a harmônica de boca. O diferencial de “Behind The Wall Of Sleep” é a voz dobrada de Ozzy, causando efeito de arrepiar. E “N.I.B.” tem um notável tema de baixo. Todas estas, claro, possuem impressionantes riffs de Tony Iommi, daqueles que grudam logo na memória.

E pensar que Tonny Iommi tocava desta maneira diferente – mais lenta, grave e soturna que o usual – porque tinha de inventar um jeito de se virar sem as pontas de dois dedos da mão esquerda. Ele os perdera, anos antes, em um acidente ocorrido enquanto trabalhava em uma fábrica...


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Um comentário:

Anônimo disse...

Vê se coloca alguns
assuntos mais
interessantes!!!

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