segunda-feira, 11 de junho de 2007

The Clash - London Calling



  1. London Calling
  2. Brand New Cadillac
  3. Jimmy Jazz
  4. Hateful
  5. Rudie Can't Fail
  6. Spanish Bombs
  7. The Right Profile
  8. Lost in the Supermarket
  9. Clampdown
  10. The Guns of Brixton
  11. Wrong 'em Boyo
  12. Death Or Glory
  13. Koka Kola
  14. The Card Cheat
  15. Lover's Rock
  16. Four Horsemen
  17. I'm Not Down
  18. Revolution Rock
  19. Train in Vain

Londres. 1979. Margareth Thatcher, a deputada conservadora é içada ao comando da política na Inglaterra, chegando ao cargo de primeira-ministra de onde só apearia em 1990. Ganhara a eleição numa plataforma conservadora, prometendo uma guerra sem tréguas ao "coletivismo" adotado pelos antecessores trabalhistas e declarando que enfrentaria "a ditadura dos sindicatos". O conservadorismo começaria a sua era de ouro na Europa, impondo o liberalismo às sofridas classes trabalhadoras, mas não sem a resistência da juventude. Conflitos, greves e manifestações pipocariam por toda a Inglaterra. Um disco poderia sintetizar aquele ano, servindo de trilha sonora da indignação. No dia 14 de dezembro, esse disco chegaria às lojas inglesas, com um brado para a juventude mundial: London Calling.

Disco duplo, London Calling trazia à tona aquele que seria o mais importante trabalho do quarteto punk inglês The Clash, incorporando à estética punk dos garotos que são a pedra fundamental do movimento, toda a mitologia e as raízes do rock’n’roll. Um disco considerado clássico por dez entre dez amantes da música jovem, urbana e branca. Uma usina de estilos e elementos da música negra e branca, com sabores exóticos do ska ao reggae, passando pelo rockabilly, o jazz e o rhythm blues e o pop.

A dupla de compositores – Joe Strummer e Mick Jones – mostrou que estava à altura das grandes parcerias do rock, colocando-se no mesmo patamar de Lennon & McCartney. A capa, com o baixista Paul Simonon desferindo um golpe no palco com seu baixo, é emblemática. Mostra a essência do movimento punk e fecha, simbolicamente, o ciclo do rock’n’roll, aberto com Elvis Presley em 1956. Não à toa, a arte da capa de London Calling remete ao primeiro disco de Elvis.

London Calling é uma espécie de Novo Testamento para os seguidores do punk e os apreciadores do rock. Talvez seja exagero, mas é possível afirmar que este disco é um dos mais influentes de toda a música pop nos últimos 25 anos. Não só em função da estética, mas das aspirações políticas e sociais, não apenas coletivas, mas também individuais, que transbordam de faixas como Spanish Bombs, London Calling, The Guns of Brixton... É um atestado da contestação na arte. O disco não só antecipou a new wave, tentando dar um basta à ranhetice conservadora, como serviu de inspiração para milhares de bandas ao redor do planeta. Não existiria Libertines sem esse discaço, nem Plebe Rude ou Ira! e tantos outros grupos de rock.

O disco abre com guitarras cortantes e a voz de Joe Strummer gritando a plenos pulmões, como se estivesse acima da terra, em um farol: "London calling to the faraway towns/ Now war is declared - and battle come down/ London calling to the underworld/ Come out of the cupboard, you boys and girls…" (Londres chamando os povoados mais distantes/ Agora a guerra está declarada e a batalha começa/ Londres chamando o submundo / Saiam dos armários, garotos e garotas"...) Daí para a frente, uma sucessão de hinos atordoa os ouvidos incautos. As dezenove canções traduzem o espírito revolucionário da banda.

O disco ganhou uma versão de luxo no ano passado, por conta do jubileu dos 25 anos. A edição é um brinde aos amantes do rock: três discos (dois CDs e um DVD) e um libreto especial, recuperando a história das sessões de gravação. O primeiro disco, claro, é o mesmo lançado em vinil duplo em 1979. As surpresas da caixa são os dois discos extras. O CD com as míticas "Vanilla Tapes", com 15 rascunhos das músicas que entrariam no disco, quatro faixas inéditas, uma cover para The Man in Me, de Bob Dylan, e a releitura de Remote Control. E o DVD com um documentário de Don Letts contendo cenas da gravação do disco – incluindo os desvarios do porra-louca Guy Stevens, produtor de London Calling –, depoimentos dos quatro bardos do Clash, além dos vídeos promocionais de London Calling, Train in Vain e Clampdown, e mais as cenas em super8, não-editadas, do grupo nos Wessex Studios. É simplesmente imperdível para os fãs e colecionadores!


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