sábado, 6 de outubro de 2007

Linin Park - Minutes To Midnight


  1. "Wake" - 1:43
  2. "Given Up" - 3:11
  3. "Leave Out All The Rest" - 3:31
  4. "Bleed It Out" - 2:46
  5. "Shadow of the Day" - 4:52
  6. "What I've Done" - 3:28
  7. "Hands Held High" - 3:55
  8. "No More Sorrow" - 3:43
  9. "Valentine's Day" - 3:18
  10. "In Between" - 3:18
  11. "In Pieces" - 3:38
  12. "The Little Things Give You Away" - 6:25

Muitas vezes os papos sobre mudanças de rumo e sonoridade nova não passam de blefe. Mas o Linkin Park estava falando sério sobre inaugurar uma nova fase na carreira ao lançar "Minutes to midnight". Sai o nü-metal para as massas, entra o pop para as massas.

Para uma banda que vendeu mais de 30 milhões de cópias com uma mistura de hip hop e rock, qual é o passo seguinte? Mike Shinoda, o cérebro da banda, hoje com 30 anos nas costas, sabia que o sexteto californiano não podia se bancar mais (só) em cima de suas rimas e de guitarra pesada.

E para definir o futuro da carreira do Linkin Park, "Minutes to midnight" trouxe um claro raciocínio mercadológico: colocar em cena os elementos que fazem uma banda ser mega (o U2 é o modelo) e que estimulam aqueles que compram apenas um ou dois CDs por ano - é essa parcela de público que faz a diferença nas vendagens.

Assim, a banda que à época de "Meteora" (2003) confessava seu desconhecimento sobre política e tirava essa responsabilidade das costas, hoje se preocupa com a confusão geral que ronda o mundo - em um momento mais favorável para entrar na turma que critica Bush. É a cartilha Bono do roqueiro engajado - e que freqüenta a mídia de hora em hora - mostrando seus primeiros sinais.

Na parte sonora, o Linkin Park tornou o seu rock mais palatável para uma audiência maior. Recrutou o midas Rick Rubin, produtor que ajuda meio mundo a garantir discos de platina e ganhar estatuetas do Grammy.

Mas o começo de "Minutes to midnight" é enganoso: "Wake", mais uma vinheta de introdução, tem bem a cara do velho Linkin Park. "Given up" é o momento de peso do disco, algo como para se precaver das acusações de que o grupo suavizou sua música.

Logo a seguir, "Shadow of the day" tem todo o jeito daquelas power ballads que tanto apelam às adolescentes em momento de chateação de suas pobres vidas. É difícil imaginar tantos clichês juntos em uma música só, e só mesma essa faixa etária para cair numa dessas. "Valentine's day", com letra sobre um Dia dos Namorados passado em solitário, repete a fórmula. Dessa metade de "Minutes to midnight" salva-se "Bleed it out".

E para o pessoal mais velho? "In between" soa muito, mas muito parecida com Coldplay e pode ganhar alguns trintões. Se algo surpreende, é Mike Shinoda (nesta faixa ele assume os vocais principais, função dominada por Chester Bennington) conseguir encarnar tão bem um Chris Martin - e, aqui, isso não é exatamente um elogio.

A passagem de fases na carreira não é algo fácil. O Linkin Park optou por caminhos já consagrados - mas diferentes dos percorridos por eles - para tentar ampliar o seu público. O risco, no entanto, de não sensibilizar os novos e ao mesmo tempo perder os velhos fãs pode ser grande.

Minutes To Midnight - Link
Linkin Park - Wikipédia
Linkin Park - Site Oficial



Nenhum comentário:

Google